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Excesso de saliva: entenda por que acontece e como resolver

Você produz saliva ao mastigar os alimentos, chupar uma bala, tomar uma pastilha para tosse e até diante da imagem do seu prato preferido. Mas você sabia que o excesso de saliva pode estar relacionado a problemas bucais?

A salivação excessiva geralmente não é algo para se preocupar. É normal produzir mais ou menos saliva dependendo do que você come ou bebe, e o seu corpo, geralmente, cuida desse excesso. Mas quando esse sintoma persiste, é sinal de que há algo prejudicando sua saúde bucal, o que pode levar a engasgos involuntários e até constrangimentos sociais.

Para evitar que você passe por esse tipo de situação, vamos mostrar neste artigo tudo que você precisa saber sobre o excesso de saliva, incluindo o que é, quais são as suas principais causas, sintomas e tratamentos mais comuns. Não perca!

Para que serve a saliva?

A saliva é um líquido transparente composto principalmente por água, contendo outras substâncias muitos importantes para manter a saúde bucal. Além disso, a saliva é essencial, pois:

  • preserva a umidade na região bucal;
  • ajuda a mastigar, saborear e engolir os alimentos;
  • combate os germes na boca, evitando o mau hálito;
  • é composta de proteínas e minerais que protegem o esmalte dos dentes e previnem cáries e doenças gengivais;
  • ajuda a manter as próteses dentárias bem ajustadas.

O conjunto de células responsáveis pela produção de saliva é chamado de glândulas salivares, e elas estão divididas em 6 grupos principais e centenas de glândulas menores distribuídas nas bochechas, na parte inferior da boca e próximo à mandíbula.

Quanto salivamos diariamente?

Por dia, o corpo humano produz cerca de 750 ml a 1,5 L de saliva, sendo que essa produção é mais intensa no meio da tarde e em menor quantidade enquanto dormimos. Parte dessa produção vai para o sistema digestivo, enquanto outra permanece na região bucal. Mas isso varia de pessoa para pessoa e, por isso, é difícil precisar qual a quantidade ideal de saliva para cada indivíduo.

O que se sabe é que as condições extremas de falta ou produção excessiva de saliva podem indicar algumas complicações na saúde bucal. A pouca salivação é responsável por uma condição conhecida como boca seca ou xerostomia, e pode causar dificuldades na digestão e na fala. Já a salivação em grande quantidade é chamada de hipersalivação, sialorreia, polissialia e ptialismo.

Dependendo da causa, ela pode ser constante ou ocorrer em intervalos. Além disso, também pode ser temporária ou crônica, ou seja, dura períodos superiores a seis meses e não pode ser resolvida em um curto espaço de tempo. A seguir você vai conferir mais sobre a hipersalivação. Vamos lá?

O que é o excesso de saliva?

O excesso de saliva se caracteriza por um volume anormal de salivação. Como você viu acima, a quantidade média de saliva presente na boca varia entre 750 ml 1,5 L. No caso da hipersalivação, as pessoas podem produzir até o triplo dessa quantidade.

Por exemplo, se você está lidando com uma infecção, sua boca pode produzir mais saliva para ajudar a eliminar as bactérias. Mas a hipersalivação geralmente para quando a infecção é tratada com sucesso.

Também é normal que suas glândulas salivares produzam uma maior quantidade de líquido quando você come alimentos muito condimentados. Assim que você introduz o alimento na boca, as papilas gustativas enviam uma mensagem para o corpo produzir mais saliva. Você pode fazer o teste em casa com alimentos ácidos e doces: veja como comidas mais ácidas, como a laranja, formam muito mais saliva do que uma comida doce.

Mas você já deve ter presenciado uma conversa com alguém que costuma cuspir enquanto fala, ou visto uma pessoa que apresenta baba escorrendo pela boca. Nesses casos, o problema pode ser a produção excessiva de saliva. Embora situações como essas possam causar ansiedade social e até prejudicar a autoestima, a boa notícia é que a hipersalivação não é uma doença.

Quais são os principais sintomas deste problema?

Os sinais mais comuns que indicam a hipersalivação são: cuspir constantemente, babar, engolir saliva o tempo todo ou até mesmo ter dificuldade de engoli-la, justamente pela quantidade excessiva de salivação. No entanto, também existem outros sintomas associados ao problema. Conheça alguns deles:

Lábios rachados e feridas ao redor da boca

Apesar do excesso de saliva presente na boca, pessoas que sofrem de hipersalivação apresentam os lábios rachados e danos na pele ao redor da região bucal. Isso ocorre porque a região fica mais exposta à umidade da saliva, o que pode deixar o local exposto aos germes e bactérias.

Desidratação

Outra condição característica de uma pessoa que sofre com excesso de salivação é a desidratação, pois, quanto maior a quantidade de saliva produzida, mais líquido o corpo perde a cada dia.

Mau hálito

Uma das maiores causas do mau hálito é a baixa produção da saliva, mas a hipersalivação também pode desencadear o problema.

Distúrbios na fala

Indivíduos que sofrem com o excesso de saliva têm dificuldade para engoli-la, e isso pode prejudicar a fala dessas pessoas. Além disso, essa saliva pode ser expelida enquanto elas se comunicam, causando bastante constrangimento.

Facilidade de engasgar

Pelo mesmo motivo apresentado acima, a pessoa com hipersalivação costuma se engasgar com frequência. Em alguns casos, esse líquido pode até mesmo chegar ao pulmão, desencadeando um quadro chamado de pneumonia por aspiração.

Alterações no paladar

Se a saliva é importante para a mastigação, apreciação e deglutição do alimento, quando produzida em excesso, ela pode afetar a sua percepção de sabores.

Quais são as 6 principais causas da hipersalivação?

As mulheres grávidas são bastante afetadas pelo problema devido às mudanças hormonais, mas existem outros fatores de risco que podem afetar um público diverso. Você pode produzir mais saliva nas seguintes situações:

1. Refluxo gástrico

Durante o refluxo, o bolo alimentar sai do estômago e volta para o esôfago, impedindo que a saliva seja engolida corretamente.

2. Envelhecimento

Com o passar dos anos, vamos perdendo a força e a resistência dos músculos da boca e da face, aumentando a dificuldade para engolir a saliva.

3. Doenças neurológicas

Nesses casos, a musculatura responsável por engolirmos perde sua função por causa de lesões que ocorrem no cérebro. Isso ocorre em doenças como paralisia cerebral, Parkinson, esclerose lateral amiotrófica (ELA), Alzheimer e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo.

4. Glândulas salivares hiperativas

A hiperatividade das glândulas salivares pode ser causada pela presença de infecções e úlceras na boca, dor de garganta, sinusite, inflamações, má higiene oral, estomatite, amigdalite e sinusite.

Outras condições de saúde que podem intensificar a produção de saliva incluem a paralisia de Bell e a macroglossia (crescimento anormal da língua).

5. Próteses dentárias mal adaptadas

Quando não estão bem encaixadas na gengiva, as próteses dentárias podem levar a uma produção excessiva de saliva.

6. Alguns medicamentos

Alguns medicamentos têm o excesso de saliva como um dos efeitos colaterais. A maioria desses remédios é utilizada para o tratamento de convulsões, tratamento de esquizofrenia e medicamentos que tratam os efeitos da boca seca em pessoas que fazem radioterapia.

Como é feito o diagnóstico?

O dentista é o primeiro profissional que pode ajudar caso você apresente alguns dos sintomas descritos acima. Depois de ouvir suas queixas e revisar seu histórico médico, ele vai examinar o interior da boca em busca de outras alterações, como inchaço, sangramento e inflamações.

Além disso, o dentista vai observar ainda a boca e região dos lábios, avaliar o controle da língua, analisar a capacidade de deglutição e estabilidade da mandíbula, além de investigar a situação das amígdalas e das vias aéreas.

Se você for diagnosticado com uma condição considerada crônica, o profissional irá encaminhá-lo a um médico que vai avaliar a gravidade de sua hipersalivação para descobrir as opções de tratamento mais adequadas para você.

Como é feito o tratamento?

Os tratamentos para combater o excesso de saliva variam de acordo com as causas e podem incluir algumas terapias, medicamentos e até cuidados caseiros. Em casos extremos, a cirurgia para a remoção das glândulas salivares pode ser considerada. Confira alguns dos procedimentos mais empregados.

Exercícios motores

Se a salivação excessiva for desencadeada pelo envelhecimento ou doenças neurológicas, exercícios motores podem ajudar a recuperar a coordenação dos músculos da região oral.

Com o acompanhamento de fisioterapeutas e fonaudiólogos, o paciente aprender a ter controle da postura da cabeça e aprende técnicas para o fechamento dos lábios. Esses exercícios também ajudam a restaurar a mobilidade da língua, fortalecendo as bochechas e os lábios, o que é fundamental para ajudar a engolir a saliva.

Aplicação de botox

Quando os músculos envolvidos na deglutição estão muito comprometidos, o médico pode recomendar a aplicação da toxina botulínica diretamente nas glândulas salivares para diminuir temporariamente a produção de saliva.

Como o efeito do botox não é permanente, esse tratamento deve ser acompanhado de uma terapia fonoaudiológica. Assim, o paciente aprende a controlar os músculos ao engolir sem a necessidade de uma nova aplicação do produto.

Cuidados caseiros

Você pode adotar algumas práticas em casa mesmo para evitar o problema de hipersalivação. Beber bastante água, por exemplo, pode reduzir a produção de saliva. Ter uma boa higiene bucal também ajuda a manter a salivação sob controle. No caso de refluxo gástrico, comer devagar e sem excessos, mastigando bem os alimentos; todas são medidas que ajudam a evitar o problema.

Nesse artigo você descobriu o que é o excesso de saliva e conheceu os principais sintomas e causas desse problema. Fique atento aos sinais e procure uma clínica odontológica para assegurar um sorriso bonito e saudável para você e toda a sua família!

Agora que você já sabe tudo sobre a salivação em excesso, que tal conhecer sobre a Síndrome da Ardência Bucal?

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