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Síndrome Ardência Bucal

A Síndrome da Ardência Bucal, também chamada de Síndrome da Boca Queimada ou Síndrome da Boca Ardente, é uma sensação de queimação contínua ou recorrente na boca, bochecha, língua e céu da boca. 

Essa síndrome acomete 15% das pessoas de meia-idade, sobretudo mulheres nessa faixa de idade. Afeta pessoas de todas as etnias e classes sociais e, só nos Estados Unidos, atinge mais de 1,3 milhões de adultos.

A sensação de queimação ocorre em mais de uma área, mas a região mais afetada é a língua. Pode não ter causa aparente ou pode ser em virtude de alguma condição associada. 

Indivíduos diagnosticados com a Síndrome da Ardência Bucal indicaram não saber o que causou o início dessa sensação, apontando como espontânea, em sua grande maioria. 

No entanto, alguns pacientes indicam o início de algum tratamento odontológico ou o início do consumo de algum medicamento como causa inicial para a síndrome.

Tipos de Síndrome da Ardência Bucal 

Existem basicamente dois tipos de Síndrome de Ardência Bucal, a primária e a secundária. 

Síndrome da Ardência Bucal Primária 

Também chamada de Síndrome da Ardência Bucal idiopática, ou seja, sem causa aparente. Não há nenhuma razão ou causa específica para o surgimento dos sintomas. 

Síndrome da Ardência Bucal Secundária 

A Síndrome da Ardência Bucal Secundária está ligada a alguma condição médica subjacente, que pode ser: 

  • Boca seca ou xerostomia (pouca produção de saliva na cavidade bucal, deixando a boca seca); 
  • Deficiência nutricional (a falta de algumas vitaminas, como deficiências de vitamina A, C e B12, podem alterar não só a produção de saliva, como também a percepção e gosto dos alimentos pelo indivíduo); 
  • Início de uso de dentadura ou prótese total; 
  • Alergias; 
  • Doença do refluxo; 
  • Medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos e alguns tipos de antibióticos; 
  • Fatores psicológicos. 

Causas da Síndrome da Ardência Bucal 

Embora em sua grande maioria seja idiopática, às vezes a síndrome surge pelo início de um tratamento odontológico ou em indivíduos que começaram a usar dentaduras (próteses). 

Além disso, há o consumo de medicamentos (ansiolíticos, benzodiazepínicos e antidepressivos) e fatores psicológicos que levam ao desenvolvimento pontual ou recorrente dessa síndrome. 

Fatores de Risco

Embora mulheres na pós-menopausa sejam as mais afetadas por essa patologia, alguns outros fatores de risco podem desencadear essa síndrome em outros indivíduos:

  • Ansiedade e quadros depressivos; 
  • Infecções fúngicas bucais, com Candida, resultando no quadro de Candidíase bucal; 
  • Diabetes (pacientes diabéticos são mais susceptíveis à infecções fúngicas); 
  • Xerostomia e hipossalivação; 
  • Síndrome de Sjogren; 
  • Usuários de prótese total (dentaduras); 
  • Deficiências nutricionais, especialmente das vitaminas A, C e B12; 
  • Utilização de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos.

Sintomas da Síndrome da Ardência Bucal 

Os sintomas da Síndrome da Ardência Bucal podem incluir: 

  • Sensação de queimação afetando língua, céu da boca e bochecha; 
  • Sensação de fisgadas, coceira ou de corpo estranho nessas regiões; 
  • Sensação de boca seca; 
  • Sensação de sede aumentada; 
  • Alteração de sabor, com predominância de gosto amargo ou metálico; 
  • Dor que aumenta no período da noite. 

Síndrome da Ardência Bucal, como tratar?

O tratamento da Síndrome da Ardência Bucal envolve muitas vezes uma abordagem multidisciplinar. E, antes de estabelecer um tratamento, é importante diagnosticar corretamente. 

O paciente deve ser esclarecido, inicialmente, que sua queixa é válida e que a busca por um fator causal também faz parte do tratamento. 

No caso do cirurgião-dentista, a troca da prótese dentária ou a utilização de saliva artificial pode amenizar os sintomas. 

Além do cirurgião-dentista, o médico e o cirurgião de cabeça e pescoço podem fazer o diagnóstico da Síndrome da Ardência Bucal.

Uma série de perguntas poderá ser feita para entender melhor a situação e auxiliar no plano de tratamento, bem como descartar outras patologias:

  • Há quanto tempo você sente esses sintomas? 
  • A sensação de queimação é contínua ou começa e para? 
  • Há algum alimento que você sente que piora a sensação depois de você ingerir? Há algum que melhora? 
  • Você bebe ou fuma? Com que frequência? 
  • Você costuma comer muitos alimentos condimentados ou industrializados? 
  • Você usa dentadura? Há quanto tempo? Essa dentadura foi feita recentemente? 
  • Você faz tratamento de alguma outra doença?

É importante que o paciente leve as receitas de todos os medicamentos que faz uso, caso já tenha uma doença preexistente em tratamento.

Além disso, o profissional poderá solicitar alguns exames de sangue para auxiliar no diagnóstico, como exames nutricionais e busca por alergias. 

No caso de doenças preexistentes, é importante o tratamento adequado dessas doenças, o que trará alívio dos sintomas. Além disso, próteses podem ser substituídas e algumas medicações podem ser substituídas por outras, do mesmo grupo, com sintomas menores. 

Muitos casos, a Síndrome da Ardência Bucal está ligada a distúrbios psicológicos, sobretudo depressão e ansiedade. Portanto, é importante que o profissional também saiba identificar e encaminhar o paciente para o tratamento adequado desse quadro clínico, quando for o caso. 

Alguns medicamentos podem ser indicados especificamente para o tratamento e melhora dos sintomas da Síndrome de Ardência Bucal. Dentre eles, estão a Capsaína (tópica ou sistêmica), o Ácido Alfa Lipóico e o Clonazepan.

Todos esses medicamentos, apenas amenizam a dor mas a longo prazo não devem ser mantidos.

Como tratamentos não-farmacológicos, além da psicoterapia, com abordagem cognitiva-comportamental, estão indicados laserterapia, eletroconvulsoterapia e acupuntura, que trazem alívio dos sintomas sem efeitos colaterais. 

Convivendo com a Síndrome

Uma vez feito o diagnóstico e instituído o tratamento adequado, algumas medidas podem também amenizar os sintomas:

  • Beber bastante água para aliviar a sensação de boca seca; 
  • Evitar o consumo de alimentos ácidos, como café, refrigerantes e suco de laranja; 
  • Evitar o consumo de alimentos apimentados; 
  • Não fume; 
  • Não use canela ou menta; 
  • Utilize pastas de dente sem menta ou para dentes sensíveis; 
  • Tome medidas alternativas para controle da ansiedade e do estresse. 

Além disso, o tratamento adequado de doenças preexistentes, como Síndrome de Sjogren, diabetes e depressão, podem amenizar sensivelmente os sintomas. Portanto, se o paciente tiver qualquer um desses quadros, é importante acompanhamento médico constante. 

Prevenção

Não há nenhuma medida específica para prevenção dessa síndrome, somente a adoção de medidas para um estilo de vida saudável, com controle do estresse e consumo reduzido (ou até suspender o consumo) de alimentos industrializados ou ácidos. 

Além disso, não ser fumante nem consumir bebidas alcoólicas.

Sempre consultar um cirurgião-dentista e, à medida que qualquer sintoma aparecer, dê um retorno ao profissional.

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